domingo, 14 de fevereiro de 2010

Porque nunca aconteci

parti em silêncio sem te dizer de algemas

ao encontro do lugar suicida

presos braços ou gestos a voz ainda

na varanda das nuvens e dos temporais

calei os sinais as cores renovadas

os nomes que enchiam as paredes

vocativos do que nunca fui

mas ousei sonhar

fingi fome de ventos na minha sede de ti

árvore golpeada morro devagar

e só não sei meu amor

porque nunca aconteci.

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