domingo, 13 de junho de 2010

Ainda abro os livros, Pai

ainda abro os livros mais antigos
onde o pai e a sua voz regressavam
para suavizar-me o exílio
ou justificar-me as inquietações

ainda choro sem que me conheça danos
me adivinhe ausências ou medos

ainda abro os livros meu Pai
e já não tenho mais nada

morro sem fé afogada em palavras

CSC








terça-feira, 8 de junho de 2010

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Crepuscular

Deixei de pronunciar o teu nome
contorno apenas na luz
que me fere ainda
os sentidos
arreganhados
num silêncio intemporal.

Quisera ser sombra
entre as sombras
que tombaram sobre nós.

Longe
sobram-me versos
ainda vestidos de ti
nesta obscuridade.

No silêncio crepuscular
soletro o teu nome
cristal tão fino
ancorado no meu peito.

CSC