quinta-feira, 15 de abril de 2010

"Meia Hora Para Mudar a Minha Vida"

O último livro que li foi "Meia Hora para Mudar a Minha Vida", de Alice Vieira, Leya/Caminho.
Destinado aos jovens, encanta também os mais velhos. Alice Vieira sabe, como noutras obras, mexer-nos na alma, tocar nas memórias e, assim, puxar-nos para o palco da sua narrativa.
E, aqui, o palco existe mesmo, numa homenagem bonita, muitas vezes emocionada e emocionante, à gente do teatro. Não admira, assim, que tenha sido alguém do teatro a apresentar a obra, na Academia de Santo Amaro, no passado dia 12.

As palavras de Virgílio Castelo são expressivas:
"A Alice Vieira quando criou estas personagens, os seus percursos, os seus objectivos, as suas contradições e os seus desenlaces, e as embrulhou nesta narrativa terna, irónica, serena e mágica, inventou-as a partir de um talento de há muito conhecido e reconhecido, e com uma mestria que a experiência ainda tornou mais exemplar. Mas criou-as para o leitor se deliciar a decifrar todos os mistérios, e a preencher com total liberdade, um mundo por ela criado para ser habitado pela imaginação de quem lê."

Ou, mais adiante: "Na verdade o que a Alice Vieira nos faz sentir é que o teatro é uma casa onde a vida só é mágica porque é profundamente verdadeira. Onde tudo o que se sente é inesquecível porque já foi vivido por muitos antes de nós, e por isso mesmo o Eu não existe, porque está sepultado em mil e um desdobramentos, não tendo nenhum mais importância que os outros."

"Meia Hora para Mudar a Minha Vida" veio fazer o intervalo em "O Último Navegador", de Virgílio Castelo, A Esfera do Livros. "Uma história empolgante e ambiciosa que nos obriga a deixar o confortável ano de 2007 e a viajar até ao desconhecido ano de 2044", pode ler-se na contracapa.

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