segunda-feira, 8 de março de 2010

Para a minha filha

o meu corpo foi Verão foi Alentejo

fiz das coisas simples a minha casa

quis o Sol desejei a chuva

na minha pele a seara

à espera da ceifa em tempo certo

tu foste o fruto grão redondinho

em Janeiro porque não?


nestas mãos em concha

és a água toda

que a minha sede requer.

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