domingo, 13 de junho de 2010

Ainda abro os livros, Pai

ainda abro os livros mais antigos
onde o pai e a sua voz regressavam
para suavizar-me o exílio
ou justificar-me as inquietações

ainda choro sem que me conheça danos
me adivinhe ausências ou medos

ainda abro os livros meu Pai
e já não tenho mais nada

morro sem fé afogada em palavras

CSC








2 comentários:

  1. Passei por aqui e gostei do que li e vi.

    ResponderEliminar
  2. Andamos por aqui e nem sempre nos apercebemos do essencial. Acabei de a adicionar na minha lista de favoritos.

    ResponderEliminar